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Resumo do capítulo “Sociolinguística”, do livro Manual de Linguística (MARTELOTTA, 2011)


Por: Ana Caroline Souto

[Aluna de Graduação (Letras- Português/Espanhol (UERJ)) e membro da equipe PL&E]

 

No capítulo 9 do livro Manual de Linguística — que foi escrito por uma série de professores, mas, neste capítulo em específico, por Maria Maura Cezario e Sebastião Votre —, é apresentado aos leitores a Sociolinguística, uma das correntes funcionalistas dentro da Linguística. Esta área encara a língua como um objeto que não pode ser estudado unicamente em sua própria estrutura, pois depende do contexto, da história e da cultura de seus falantes; por isso preza pelo uso real da língua.

A sociolinguística acredita que a variação e a mudança são inerentes às línguas; portanto, devem sempre ser consideradas na análise linguística. Esta corrente pretende entender quais os fatores que as motivam, além de qual peso cada um desses fatores possuem, pois a variação não é assistemática como se acreditava — uma vez que ela segue padrões, já que constitui um caráter adaptativo da língua em suas diversas ocasiões de uso.

O termo "variante" é utilizado para expressar quando existem duas ou mais possibilidades de usar uma forma linguística sem que se perca seu significado básico, constituindo uma variação binária (duas variantes) ou eneária (mais de duas variantes). Uma das contribuições da Sociolinguística foi a constatação de que formas não padrão também ocorrem na fala de pessoas de maior nível de escolaridade, principalmente em momentos mais informais, pois, cada indivíduo, geralmente, altera sua forma de falar conforme o contexto em que está.

Existem três tipos básicos de variação linguística: a regional (associada a distâncias espaciais, desde cidades até países diferentes), a social (associada às diferenças entre grupos socioeconômicos, faixas etárias, graus de escolaridade etc.) e a de registro (relacionada ao grau de formalidade). No entanto, as diferentes variáveis não ocorrem de forma isolada na língua. Elas também acontecem em diferentes níveis, como gramaticais, fonéticos e lexicais. Por isso, a diversidade e variabilidade, inerentes aos sistemas linguísticos, tornam-se objetos de estudo com o advento da Sociolinguística.

Referências:

MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística. 2. São Paulo: Contexto, 2011, p.141-155.

Texto de Ana Caroline Souto

[Aluna de Graduação (Letras- Português/Espanhol (UERJ)) e membro da equipe PL&E]



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